terça-feira, 15 de dezembro de 2015

FINAL DO JORRO DO PETRÓLEO







Final do jorro do Petróleo






Royalties + Participações Especiais em valores reais, corrigidos pelo INPC
Campos dos Goytacazes
Ano Royalties Part. Especiais Valor Corrente Valor Real
1999 R$ 48.460.781,43 R$ 8.588.696,90 R$ 57.049.478,33 R$ 149.317.890,93
2000 R$ 87.092.941,18 R$ 70.777.500,99 R$ 157.870.442,17 R$ 390.157.819,77
2001 R$ 118.236.702,35 R$ 82.024.509,03 R$ 200.261.211,38 R$ 482.555.618,41
2002 R$ 172.779.346,92 R$ 175.481.598,00 R$ 348.260.944,92 R$ 715.011.697,42
2003 R$ 229.727.268,73 R$ 245.454.908,81 R$ 475.182.177,54 R$ 885.416.940,77
2004 R$ 257.505.841,52 R$ 292.101.469,46 R$ 549.607.310,98 R$ 950.662.564,61
2005 R$ 321.301.169,81 R$ 357.124.401,86 R$ 678.425.571,67 R$ 1.124.601.152,66
2006 R$ 403.784.930,05 R$ 448.780.920,87 R$ 852.565.850,92 R$ 1.389.844.335,88
2007 R$ 386.812.955,63 R$ 393.286.227,58 R$ 780.099.183,21 R$ 1.208.805.723,02
2008 R$ 559.005.735,26 R$ 609.636.764,19 R$ 1.168.642.499,45 R$ 1.740.624.667,68
2009 R$ 419.628.508,95 R$ 573.538.770,16 R$ 993.167.279,11 R$ 1.353.670.994,96
2010 R$ 482.061.749,01 R$ 533.960.122,71 R$ 1.016.021.871,72 R$ 1.364.735.042,47
2011 R$ 559.270.670,18 R$ 672.370.704,58 R$ 1.231.641.374,76 R$ 1.554.651.182,23
2012 R$ 631.856.471,33 R$ 722.376.842,14 R$ 1.354.233.313,47 R$ 1.636.109.372,47
2013 R$ 630.384.833,22 R$ 672.888.138,32 R$ 1.303.272.971,54 R$ 1.491.151.949,68
2014 R$ 632.820.616,41 R$ 575.546.379,64 R$ 1.208.366.996,05 R$ 1.319.855.930,62
2015 R$ 371.284.083,98 R$ 179.503.694,62 R$ 550.787.778,60 R$ 558.446.590,31
Total R$ 6.312.014.605,96 R$ 6.613.441.649,86 R$ 12.925.456.255,82 R$ 18.315.619.473,89
Fonte: InfoRoyalties, a partir de Agência Nacional do Petróleo e IBGE.
Royalties + Participações Especiais em valores reais, corrigidos pelo INPC
Macaé 
Ano Royalties Part. Especiais Valor Corrente Valor Real
1999 R$ 34.757.683,06 R$ 2.461.842,94 R$ 37.219.526,00 R$ 103.323.378,65
2000 R$ 67.461.252,65 R$ 22.890.502,05 R$ 90.351.754,70 R$ 234.431.850,10
2001 R$ 84.424.763,70 R$ 28.770.099,82 R$ 113.194.863,52 R$ 279.389.993,15
2002 R$ 140.035.784,60 R$ 54.025.340,61 R$ 194.061.125,21 R$ 420.802.100,59
2003 R$ 187.686.111,86 R$ 68.450.442,25 R$ 256.136.554,11 R$ 493.416.307,21
2004 R$ 215.440.811,13 R$ 78.391.064,69 R$ 293.831.875,82 R$ 529.388.838,28
2005 R$ 264.821.319,92 R$ 81.470.647,88 R$ 346.291.967,80 R$ 596.018.439,22
2006 R$ 320.241.924,75 R$ 88.175.064,21 R$ 408.416.988,96 R$ 688.645.515,21
2007 R$ 289.542.845,97 R$ 64.258.671,19 R$ 353.801.517,16 R$ 568.921.027,81
2008 R$ 406.961.370,68 R$ 94.719.554,14 R$ 501.680.924,82 R$ 764.387.239,49
2009 R$ 294.572.486,39 R$ 92.968.580,72 R$ 387.541.067,11 R$ 546.202.840,05
2010 R$ 356.017.093,59 R$ 54.499.236,51 R$ 410.516.330,10 R$ 569.735.032,81
2011 R$ 410.494.180,33 R$ 71.740.491,23 R$ 482.234.671,56 R$ 626.360.704,53
2012 R$ 476.924.994,43 R$ 61.729.224,95 R$ 538.654.219,38 R$ 667.051.966,29
2013 R$ 466.531.575,52 R$ 49.924.147,78 R$ 516.455.723,30 R$ 601.969.266,57
2014 R$ 491.526.473,38 R$ 51.130.398,57 R$ 542.656.871,95 R$ 598.019.796,30
2015 R$ 300.830.666,13 R$ 9.824.082,83 R$ 310.654.748,96 R$ 315.842.701,92
Total R$ 4.808.271.338,09 R$ 975.429.392,37 R$ 5.783.700.730,46 R$ 8.603.906.998,18
Fonte: InfoRoyalties, a partir de Agência Nacional do Petróleo e IBGE.






O município de Campos em dezessete anos ou mais de uma década e meia do Ciclo do Petróleo, recebeu de royalties e participações especiais,  por parte da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o valor de  R$ 18,315 bilhões  em valores reais corrigidos pelo INPC. O município de Macaé neste mesmo período recebeu o valor de R$ 8,603 bilhões em valores reais corrigidos pelo INPC, até hoje.  

Agora a sociedade campista assisti a pirotecnia financeira protagonizada pela prefeita Rosinha e o seu ilustre esposo, comemorando o empréstimo de R$ 414 milhões dando em contrapartida “ a cessão definitiva e transferência de direitos de crédito a partir de janeiro de 2016 até dezembro de 2020” no valor de R$ 712,500 milhões. Algo escandaloso e sinônimo de gestão temerária, pois além do valor de R$ 414 milhões o governo Rosinha contraiu em novembro  de 2014, ano eleitoral, o valor de R$ 250 milhões pagando 54 milhões de juros, o que totaliza R$ 718 milhões em 13 meses quase R$ 1 bilhão. Será este o rombo fiscal escondido pelos executores do orçamento bilionário da nobre prefeita?

Macaé e os outros municípios que fazem parte da bacia petrolífera de Campos pegaram ou pegarão empréstimos também? São perguntas que não querem calar. Ou só Campos!

Infelizmente povo campista, o jorro do petróleo, está terminando de uma forma trágica e melancólica, com um dos maiores orçamentos do Brasil, considerando os orçamentos das prefeituras das capitais, num profundo endividamento construído pela atual administração municipal para as gerações futuras, pagarem uma conta que não lhe pertencem.


Cadê a justiça intergeracional ( Educação de Qualidade, Saúde de Qualidade, Transporte Público de Qualidade, Diversificação da Economia Local...),   Prefeita?    Com certeza o seu legado será marcado por uma justiça intergeracional às avessas. Este será o presente de Papai Noel, de Vossa Excelência, para o povo de Campos ? Ou seja, mais uma dívida para pagar!? Que dureza!!!      

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Perigo do Endividamento da Prefeitura



Perigo do Endividamento da Prefeitura

Ao analisar os números da arrecadação da Prefeitura Municipal de Campos, no atual exercício fiscal de 2015, com base na execução orçamentária até agosto, conforme se encontra no Portal da Transparência, verifico que a fonte da receita tributária própria, arrecadou o quantitativo de R$ 149, 665 milhões em valores correntes (IPTU, ISS, ITBI e as taxas), podendo chegar até o final do mês de dezembro deste ano, ao valor de R$ 258, 656 milhões, segundo a previsão atualizada do Portal.

Recorrendo ao site do Info Royalties da Universidade Cândido Mendes, tive acesso à arrecadação da fonte de receita de royalties e participações especiais, ali constatei que ingressou nos cofres da prefeitura o valor de R$ 550, 787 milhões em valores correntes. Deste valor R$ 371, 284 milhões são de royalties e R$ 179, 503 milhões referem-se às participações especiais.

Assim, em virtude deste contexto de pouco recurso e de saúde financeira combalida em face do baixo fôlego para gerar receita, conforme se constata através das duas fontes destacadas acima, sem levar em conta a fonte de recursos do ICMS, FPM e IPVA. Ressalto que o recente empréstimo de R$ 414 milhões contraídos pela prefeitura constitui a médio e longo prazo temerário para a cidade, haja vista, que as políticas públicas seja na área da educação, seja na área da saúde, como também a capacidade de investimentos do município em obras e instalações ficarão comprometidas, em decorrência da elevação da curva de endividamento e as suas inerentes despesas financeiras, ao se considerar aqui o empréstimo que a prefeitura apanhou com o Banco do Brasil de R$ 304 milhões em novembro de 2014 e terá que amortizá-lo, juntamente com o atual, ao longo de um bom tempo.

Neste mesmo diapasão, só para deixar claro e que não paire nenhum tipo de dúvidas, sobre a conjuntura financeira caótica da prefeitura, que obviamente, exigirá dos seus gestores, uma urgente receita de emagrecimento no que tange a implementação de mais uma reforma administrativa e fiscal, o valor do empréstimo de agora, equivale a quase o valor arrecadado pela prefeitura até o presente momento de royalties e participações especiais, de acordo com os dados retirados do Info Royalties.  Infelizmente esta é a dura realidade a ser enfrentada por todos nós!

José Alves de Azevedo Neto
Economista


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Melancólico Governador Pezão



Melancólico Governador Pezão

O governador Pezão inicia o seu primeiro ano de governo provocando, no funcionalismo público estadual uma triste e inesperada surpresa. No dia trinta de novembro de dois mil e quinze à noite, via assessoria de comunicação palaciana, anuncia que em razão da falta de recursos financeiros, decorrente da atual crise financeira que aflige às contas públicas do estado, não poderia de forma alguma, honrar a partir do dia primeiro de dezembro o pagamento integral da folha do servidor.

Este fato indesejado e frustrante para o funcionalismo público deixou milhares de servidores atônitos, alguns deles, inclusive, ficaram tão impactados em face da notícia, que chegaram a pensar no primeiro momento, que o aludido comunicado oficial aos meios de comunicação em geral, não tivesse fundo de verdade ou era simplesmente mais um boato, com vistas a denegrir a imagem do chefe do executivo estadual. Mas após constatarem a veracidade da notícia, replicada rapidamente pelas redes sociais, sucumbiram à triste e dura realidade, de que os pagamentos acima de dois mil reais, seriam parcelados e o restante pago no dia nove de novembro.

Dizia ainda a nota, ao que se refere ao valor dos cinqüenta por cento do décimo terceiro restante, cuja primeira parcela, o dispêndio ocorreu no mês de julho, deverá ser pago em duas vezes. A primeira no dia dezessete de dezembro e a segunda até o dia trinta.

Dentro deste nebuloso contexto de crise financeira ou herança maldita do famigerado governo Cabral, eivado de acusações de enriquecimento ilícito por todos os lados, de várias pessoas e empresas, inclusive, o mais emblemático dos casos, o que diz respeito ao seu compadre Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta, majoritária em diversas obras no estado, em que o nobre governador Pezão se enfiou, por conta da ânsia insana por parte do PMDB fluminense de buscar outro mandato.

Certamente o senhor Pezão, com a sua decisão fria e racional, inviabilizou a vida financeira do servidor, que possui obrigações a serem adimplidas como as contas particulares do cotidiano, que jamais podem ser parcelada como o ato de poder de império e verticalizado da administração pública do estado, revelado no parcelamento dos vencimentos dos servidores, pelas operadoras de cartão de crédito, de telefonia e as contas de água e luz, além das mensalidades escolares. Por conta deste ato administrativo, fica sempre na cabeça do servidor público, uma ponta de insatisfação, utilizando-se, assim, de uma expressão suave para narrar o lamentável episódio.

É simples tomar uma decisão como essa dentro de um Palácio cercado por assessores serviçais de toda natureza, sem calcular o dano econômico às famílias que dependem do contracheque do erário público estadual. Como já não bastasse o imposto inflacionário estimado em 10% ao ano, responsável pela perda implacável do poder aquisitivo dos trabalhadores que auferem salários, acrescenta-se ainda, a esta inconveniente situação, a falta de aumento salarial, acompanhado das despesas advindas dos juros e multas pecuniárias, proveniente do não pagamento em dia de quaisquer serviços contra-prestado pelo o estado ou ente similar.

O sentimento que fica em face desta irresponsável medida, não poderia ser outro, senão, o de indignação e revolta, por parte do servidor, sobretudo, nesta atual conjuntura em que a TV Record, veicula a reportagem denominada “Mar de Lama” quando no ensejo revelam em alto e bom som as atividades subterrâneas e duvidosas por parte da cúpula dos membros do PMDB estadual, partido do governador, que possuem contratos milionários seja com a administração publica estadual e a municipal do Rio de Janeiro. Práticas que fazem qualquer ser humano de inteligência mediana rechaçar com toda veemência e repugnância, e de se envergonhar dos atuais governantes do estado, como cidadão cumpridores das suas obrigações civis.

Agora, diante desses escabrosos fatos, é duro demais ouvir por parte do governo Pezão, a alegação pueril de que não possui recursos para pagar o servidor, porque o estado encontra-se atolado numa dívida de mais de 80 bilhões de reais. Só existe uma resposta, não dá para acreditar.

 O Estado do Rio de Janeiro, com base nos dados do IBGE de 2013, está no patamar da segunda economia do Brasil, com o PIB de 626,32 bilhões de reais, o que nos deixa a vontade em afirmar que o nosso estado é muito rico e próspero, o que falta, via de regra, são gestores públicos que tenham respeito à coisa pública, saibam efetivamente zelar pelos recursos retirados da sociedade através da cunha fiscal estatal.

Fazer ajuste fiscal parcelando o salário do servidor, governador, é no mínimo acintoso e desrespeitoso, quando se sabe muito bem, sobretudo, aqui em Campos, que existem Fundações Públicas do estado aparelhada com os seus cabos eleitorais ganhando sem trabalhar, e que tal prática, é considerada pelo código penal, como peculato e os órgãos do estado que deveriam fiscalizar esta nefasta prática da república velha, em pleno século XXI, não o fazem e fingem que nada acontece. Lamentável!       

Finalmente, antes que esqueçamos, pagar os Desembargadores e Juízes, nababos da República brasileira, relegando ao segundo plano, os servidores públicos do executivo, constitui um tapa no rosto de cada agente público de bem deste estado, além de constituir como um ato covarde e vulnerável a interpretações de diversas naturezas ou não?  Fica em paz governador Pezão, pois esta fatura deste melancólico final de ano para o servidor será cobrada no momento oportuno, seja de vossa excelência, como também dos seus asseclas. Fica com Deus!

José Alves de Azevedo Neto
Economista



sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Empregos formais em Campos




Empregos formais em Campos

Os dados da última divulgação do CAGED de outubro de 2015, sobre o emprego formal, por setor de atividade econômica, demonstram objetivamente que o segmento da construção civil no município de Campos, constitui no setor que mais perdeu empregos, com a carteira assinada de janeiro a outubro de 2015. Foram 1.015 empregos a menos gerados na economia local.

O setor da construção civil caracteriza-se por ser intensivo em mão-obra e extremamente dependente do crédito bancário em razão dos seus produtos, possuírem alto valor de aquisição no mercado. A variável crédito imobiliário sofre atualmente impacto decorrente da majoração da taxa de juros Selic da economia, provocada pela austera política monetária implementada pelo o Banco Central, com o fito de controlar o processo inflacionário que aflige na atual conjuntura a sociedade brasileira.

No ensejo, destaca-se outro setor da economia municipal que amarga expressiva perda no que tange ao emprego formal, refere-se ao segmento do comércio, por se constituir no nosso município no segmento de significativa geração de emprego e renda. Desempregou 753 trabalhadores com a carteira assinada, também, entre o mês de janeiro a outubro de 2015.

Todavia, ao contrário dos referidos setores acima, o setor de atividades de serviços teve neste mesmo período, saldo líquido positivo de 482 empregos. Ou seja, ocorre geração de empregos ao invés de destruição. Assim como no segmento da agropecuária, a geração de empregos foi positiva, com o saldo líquido até outubro de 2015 de 1.332 empregos formais. Obviamente, que esta quantidade de empregos possui relação e influência em virtude da safra canavieira, via de regra, o seu inicio se dá no mês de maio de cada ano.

Ao se verificar a totalidade de empregos com a carteira assinada gerados ao longo do ano de 2015 ou até outubro, constata-se que a economia de Campos destruiu 974 empregos, fechando o período dos dez meses, com o saldo liquido de emprego formal negativo.

Não se pode deixar de ressaltar, que a crise financeira que assola neste momento a prefeitura de Campos, contribuiu sobremaneira para que o resultado do emprego no município ficasse em patamar negativo. Afinal de contas, ainda somos uma economia que depende profundamente dos recursos dos royalties e das participações especiais, cujo repasse está bem menor em função da queda do preço do barril de petróleo, no mercado internacional.

Para isso, devemos unir forças suficientes para que a economia campista fique menos dependente da atividade petrolífera.  Acho que a alternativa que se avizinha a médio prazo, reside na possibilidade da economia de Campos se transformar numa economia de serviços, com laços estreitados às atividades do Porto do Açu, localizado no município vizinho de São João da Barra.

A guisa de ilustração, basta verificar que ao contrário dos setores da construção civil e do comércio que perderam empregos, o de serviços criou. Já o emprego da agropecuária sofre contaminação pela sazonalidade do setor sucroalcooleiro. Vamos ver se o futuro confirma a nossa previsão!

José Alves de Azevedo Neto
Economista

   

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Setor da Construção Civil em Campos

Setor da Construção Civil em Campos

Ao se comparar a evolução do saldo do emprego no setor da construção civil em Campos, no recorte de tempo de janeiro a setembro de 2014 com o mesmo período do ano de 2015, verifica-se uma variação percentual negativa, na contratação de trabalhadores com a carteira assinada de 14,31%. Assim, o saldo de emprego   acumulado até setembro de 2014 ficou positivo em 1.048 empregos formais, ao contrário do saldo acumulado até setembro de 2015 que ficou negativo, quando na ocasião, ocorreu a perda de 898 empregos formais.

Ao focar a análise no número de admissões até setembro de 2014, constata-se que foram gerados 6.622 empregos no setor, enquanto neste mesmo período de 2015, foram gerados  3.715 empregos formais, o que representa em termos relativos uma queda na empregabilidade de um ano em relação ao outro de 43,90%. Índice significativo, por se tratar de um setor de alta demanda por mão-obra de baixa qualificação.

Ao se analisar o quantitativo de trabalhadores demitidos até setembro de 2014 com os trabalhadores de 2015, chega-se aos seguintes números. Em 2014 a indústria da construção civil campista demitiu 5.574 trabalhadores, contra 4.613 do ano de 2015. Uma redução no número demissões da ordem de 17, 24%. Só que existe um pequeno detalhe que deve ser ressaltado neste comparativo. A despeito da queda de demissões no ano de 2015 em relação ao ano de 2014, tem que se levar obrigatoriamente em conta, que no ano de 2015 as contratações de mão-obra foram bem menores ultrapassando o índice de 40%, e o pior, o número de trabalhadores demitidos superaram as admissões, conforme os números expostos acima.

De qualquer maneira, não se pode deixar de respeitar o imperativo da crise econômica nacional, que ao longo do ano vem reduzindo o nível de atividade econômica de diversos segmentos, sobretudo, o da construção civil, altamente sensível as conjunturas de instabilidades financeiras, devido a sua imensa dependência com o crédito financeiro, responsável pelo financiamento dos seus produtos, que atualmente encareceram sobremaneira, em razão das sucessivas elevações da taxa de juros Selic, por parte do Banco Central.

 Infelizmente, este é o preço    que a sociedade ainda pagará por conta de uma política macroeconômica irresponsável, praticada pelo governo federal no passado e a não aprovação do tão necessário ajuste fiscal neste ano.

José Alves de Azevedo Neto

Economista

Sai Levy e entra Meirelles

A pressão política decorrente do PT, partido da presidente Dilma, visando à substituição do ministro da Fazenda Joaquim Levy, pelo ex-presidente do Banco Central do governo Lula, Henrique Meirelles, aumenta a cada dia.

As alegações contra a permanência do aludido ministro residem no argumento político de que ele adota uma política macroeconômica, benéfica aos banqueiros, além de ser executivo oriundo do maior banco do Brasil, o Bradesco. E ainda fez parte da equipe econômica da campanha à presidente da República do Aécio Neves, com boa e estreitada relação com as hostes do PSDB.

Os seus aludidos detratores não param por aí. Dizem também que o pacote de medidas fiscais e monetárias restritivas proposto pelo ilustre ministro banqueiro, atualmente, acarreta a economia brasileira profundo quadro de recessão, combinado com uma crescente taxa de desemprego, cujo percentual até dezembro deste ano, poderá atingir a casa dos 10% em algumas capitais, sobretudo, as da região nordeste. O que não deixa de ser verdade.

Acho que talvez os militantes petistas que ora pedem a cabeça do Levy, sofrem de amnésia, pois esquecem rapidamente que o Henrique Meirelles, também advém do mundo dos banqueiros, só que com um pequeno detalhe, o banco do qual ele foi executivo, chama-se banco de Boston, uma poderosa instituição financeira dos Estados Unidos.

 Quanto à relação dele com o PSDB, creio até que ela seja mais estreitada do que a do Levy. Uma vez que o Henrique Meirelles, antes de assumir o Banco Central, na gestão do ex-presidente Lula, foi o candidato a deputado federal mais votado do PSDB, no estado de Goiás, no ano de 2002, apenas não tomou posse, porque surgiu o convite para ser o presidente da maior autoridade monetária do país.

A respeito das medidas adotadas por Meirelles, caso venha assumir a tão cobiçada cadeira de ministro da Fazenda, não serão diferentes das adotadas pelo então ministro, tendo em vista que os dois possuem a mesma formação de índole monetarista.

Dentro deste conhecido e exaustivo contexto, de trocar seis por meia dúzia, quero saber a mudança significativa que ocorrerá a partir de janeiro no âmbito da política econômica? Quem souber a resposta, por gentileza ligue para mim.

Percebo que o partido do governo, ao promover esta “mudança” na pasta da Fazenda, faz apenas mais uma firula político de dimensão nacional, no intuito de desviar o foco da grave crise econômica e financeira que o partido mergulhou o país, através dos sucessivos erros de política macroeconômica, cometidos nos últimos anos. Infelizmente!
José Alves de Azevedo Neto
Economista


domingo, 8 de novembro de 2015

Setor da Construção Civil em Campos


Setor da Construção Civil em Campos

Ao se comparar a evolução do saldo do emprego no setor da construção civil em Campos, no recorte de tempo de janeiro a setembro de 2014 com o mesmo período do ano de 2015, verifica-se uma variação percentual negativa, na contratação de trabalhadores com a carteira assinada de 14,31%. Assim, o saldo de emprego   acumulado até setembro de 2014 ficou positivo em 1.048 empregos formais, ao contrário do saldo acumulado até setembro de 2015 que ficou negativo, quando na ocasião, ocorreu a perda de 898 empregos formais.

Ao focar a análise no número de admissões até setembro de 2014, constata-se que foram gerados 6.622 empregos no setor, enquanto neste mesmo período de 2015, foram gerados  3.715 empregos formais, o que representa em termos relativos uma queda na empregabilidade de um ano em relação ao outro de 43,90%. Índice significativo, por se tratar de um setor de alta demanda por mão-obra de baixa qualificação.

Ao se analisar o quantitativo de trabalhadores demitidos até setembro de 2014 com os trabalhadores de 2015, chega-se aos seguintes números. Em 2014 a indústria da construção civil campista demitiu 5.574 trabalhadores, contra 4.613 do ano de 2015. Uma redução no número demissões da ordem de 17, 24%. Só que existe um pequeno detalhe que deve ser ressaltado neste comparativo. A despeito da queda de demissões no ano de 2015 em relação ao ano de 2014, tem que se levar obrigatoriamente em conta, que no ano de 2015 as contratações de mão-obra foram bem menores ultrapassando o índice de 40%, e o pior, o número de trabalhadores demitidos superaram as admissões, conforme os números expostos acima.

De qualquer maneira, não se pode deixar de respeitar o imperativo da crise econômica nacional, que ao longo do ano vem reduzindo o nível de atividade econômica de diversos segmentos, sobretudo, o da construção civil, altamente sensível as conjunturas de instabilidades financeiras, devido a sua imensa dependência com o crédito financeiro, responsável pelo financiamento dos seus produtos, que atualmente encareceram sobremaneira, em razão das sucessivas elevações da taxa de juros Selic, por parte do Banco Central.

 Infelizmente, este é o preço que a sociedade ainda pagará por conta de uma política macroeconômica irresponsável, praticada pelo governo federal no passado e a não aprovação do tão necessário ajuste fiscal neste ano.

José Alves de Azevedo Neto

Economista